Número total de visualizações de páginas

27 de fevereiro de 2013

Então, e a Liga dos Combatentes?


 
 

Link a visitar:
 http://www.youtube.com/channel/UCQEfCOVWL4hkffBt_o-a4sA/videos?view=0&flow=grid   - Videos sobre o RESGATE dos restos mortais.

Meus caros Amigos Veteranos,
Já não é de hoje que a Liga dos Combatentes engana os bons portugueses, especialmente os companheiros de armas dos que "ficaram para trás", abandonados nos locais estranhos da selva africana.
Faço parte do Movimento Cívico de Antigos Combatentes que reuniu mais de 17 mil assinaturas e levou à Assembleia da República uma petição que seguiu os seus trâmites e foi aprovada uma Resolução dirigida ao Governo com a recomendação de serem tomadas medidas concretas e rápidas para resgatar para Portugal os restos mortais dos combatentes que ficaram em África, referindo ainda que deveriam ser tidas em conta as recomendações definidas nos documentos do Movimento Cívico de Antigos Combatentes e os pareceres da Liga dos Combatentes.

Desde esse debate na AR já passaram oito meses e, até hoje, nada nos foi comunicado sobre o tema. Mas, contrariamente ao plano que apresentámos, devidamente fundamentado, a Liga continua a gastar muitos milhares de Euros em deslocações, estadias e benesses às autoridades locais, sem que se veja utilidade nos trabalhos que vão fazendo.

Alguns dos membros do Movimento deslocaram-se a diversos cemitérios e locais com grupos de campas conhecidos e confirmaram a existência de muitas sepulturas com identificação dos sepultados, tendo as populações manifestaram desejo e interesse em ajudar a levantar as ossadas para desocupar os espaços. O tempo está a degradar os locais e, ao ritmo de trabalho da Liga dos Combatentes, em pouco tempo pouco haverá para levantar.
Não temos dúvidas de que estamos perante uma orientação política no sentido de deixar estar tudo como está, e as missões das equipas da Liga vão continuar a gastar os dinheiros do orçamento que bem aplicado, daria para transladar os restos mortais dos cerca de 2.300 combatentes metropolitanos. São mais de 100 mil euros anuais que a Liga gasta, veja-se aonde!
Para nosso espanto, vimos que o Primeiro-Ministro depositou uma coroa de flores no monumento aos heróis moçambicanos... e nem sequer se dignou visitar o cemitério  de Maputo, onde repousam mais de cem militares portugueses? Mais uma afronta e nota de desprezo para com os antigos combatentes e os seus familiares.

Saudações do Joaquim Coelho, combatente em Angola e Moçambique


---------- Mensagem encaminhada ----------
Data: 7 de março de 2010 03:45
Assunto: "missões de resgate" da Liga dos Combatentes

Nota Explicita:

Na Guiné-Bissau, tal como todas as anteriores, a 5ª Missão de "Resgate de Corpos" – ontem concluída –, esteve sob total e exclusiva responsabilidade da Liga dos Combatentes, cuja direcção-central continua a ser presidida pelo tenente-general Joaquim Chito Rodrigues.
Ora, a equipa de arqueólogos, desde início coordenada pela antropóloga forense Eugénia Cunha [que em tempo pretendeu executar testes de ADN aos restos mortais do Rei Dom Afonso Henriques... !], contratada que foi por aquele Liga – e ressarcida por dinheiros públicos –, obviamente só fez o que lhe mandaram fazer.

E que disse, no pretérito 18 de Fevereiro – dias antes de viajar novamente "para o terreno" –, a referida antropóloga-chefe?:
1. – «Disse à Agência Lusa que esta quinta missão que realiza na Guiné-Bissau para resgate de corpos torna-se mais complexa do que as anteriores por se tratar de uma vala comum e não se saber como nela foram depositados os corpos. “É uma incógnita”, referiu, afirmando que nesta vala em Cheche devem estar “não mais de 15 ou 17” corpos, de acordo com testemunhos recolhidos. Em Novembro de 2009 foi realizada uma prospeção geofísica no local onde agora será escavada a vala, que poderá trazer outras surpresas em termos de conservação, por se encontrar numa zona húmida próxima do rio Corubal.»

E que disse, também no mesmo dia 18, o supra mencionado oficial-general?:
2 – «No entendimento do general Chito Rodrigues, na zona de Cheche poderão encontrar-se “oito ou nove” restos mortais, porque se trata de uma zona junto ao rio, cujas margens são hoje diferentes, tendo sofrido o efeito da erosão ao longo dos anos, e por essa razão alguns poderão já ter-se perdido.»

E que mais ficámos a saber, também naquele dia 18, pela voz da mediática antropóloga?:
3. – «Eugénia Cunha disse que esta poderá ser a última missão que realiza na Guiné-Bissau se não forem identificados outros locais onde se encontrem restos mortais de combatentes».

CONTINUAÇÃO  - Liga dos Combatentes:
Porém, quanto a perplexidades e incongruências, não ficamos por aqui.
Leiam-se outras tantas, anteriores:

A. – Em 03Abr2009, portanto, há quase um ano e por intermédio do jornal DN, ficámos a saber que o coronel Sebastião Afonso Ribeiro Goulão, «chefe da equipa da LC» e responsável pela segurança dos antropólogos [...], adiantou que "foi também localizada a zona da margem do rio Corubal onde, possivelmente, está uma vala comum com [mais] 45 corpos" de combatentes lusos. Mas "por falta de segurança, não fizemos uma investigação" aprofundada.»

B. – Naquele mesmo dia e por intermédio do portal UTW, também ficámos a saber que a ilustre Liga dos Combatentes foi publicamente interpelada, no sentido de explicar «detalhadamente, qual o motivo pelo qual se vêm lançar, por intermédio da imprensa escrita, infundadas expectativas às famílias dos malogrados militares que pereceram no dia 6 de Fevereiro de 1969», sendo certo que «tanto quanto é de conhecimento público, mas muito especialmente das entidades oficiais que ao tempo [06Fev69 e período imediatamente subsequente] trataram do assunto 'in loco', como em particular a informação veiculada aos familiares dos militares mortos por afogamento na travessia do Corubal junto ao Cheche, cada um dos "47 corpos" foi - e continua a estar - dado como "não recuperado"».

C. – Ora, entre 16 e 21 do recente Novembro, e sem que entretanto a
direcção-central da Liga houvesse prestado os devidos esclarecimentos públicos, junto à margem norte de um troço não identificado do Corubal – por onde o técnico Helder Hermosilha, sustentado em "lendas e narrativas" de autoria dos actuais poderes (de cá e de lá), andou a passear o seu geo-radar em busca de... [salvo o devido respeito!] ... gambozinos? –, segundo o relatório final daquela "4ª Missão de Resgate", «foi realizada a identificação de um local de inumação de algumas das vítimas no Che-Che».

D. – Por último, mas não menos importante, em 02Mar2010, somos informados, por intermédio do blogueforanada dos "Camaradas da Guiné":
«poderá ser a última missão que realiza na Guiné-Bissau se não forem identificados outros locais onde se encontrem restos mortais de combatentes»?!
Então, e os restos mortais dos 20 [vinte] militares de recrutamento metropolitano, que ficaram sepultados nos cemitérios de Bafatá e de Bambadinca??!!

Posto o que nos resta tristemente confirmar, que a actual direcção-central da Liga dos Combatentes persiste: em desrespeitar a memória dos mortos; em manipular o luto dos vivos, muito especialmente os familiares dos militares que morreram no cumprimento do dever; e em "gozar c'a tropa"... significada nos veteranos camaradas-de-armas, tanto directos como indirectos.

Em resumo, além da notória exorbitância de funções já demonstrada em antecedentes e variadas circunstâncias, o actual presidente da Liga dos Combatentes prevarica quanto ao 'munus' daquela instituição, singularmente representado no objectivo estatutário: «Honrar os Mortos, Cuidar dos Vivos».

Por tudo quanto antecede, e muito mais, sugiro que os veteranos de guerra e suas famílias, mas muito particularmente os associados daquele vetusta e nobre Instituição de Utilidade Pública, se pronunciem publicamente e por todos os meios que entendam adequados, no sentido de ser levada a efeito uma expedita «Missão de Resgate da Liga».


Cordialmente, (um associado, e activo colaborador, que foi, da Liga dos Combatentes,
entre 01Jan1994 e 02Jul2007)
...

Sem comentários:

Enviar um comentário